Inocência Vendida
Vendi minha alma por uns trocados
Tinha fome, sede e frio.
As ruas eram desertas e inamigas
As luzes iluminavam os caminhos,
mas qual direção devo seguir,
quando não existe lugar para se chegar?
Me encosto numa marquise ainda não ocupada
e deslizo até o chão
Tinha fome, sede e frio.
As ruas eram desertas e inamigas
As luzes iluminavam os caminhos,
mas qual direção devo seguir,
quando não existe lugar para se chegar?
Me encosto numa marquise ainda não ocupada
e deslizo até o chão
Nada mais tenho além do meu corpo,
Essa casca vazia,
Outrora cheia de esperanças e vontades
Eu observo as luzes da cidade
E espero a noite passar,
deito num papelão e meus olhos
quase fechados miram
Essa casca vazia,
Outrora cheia de esperanças e vontades
Eu observo as luzes da cidade
E espero a noite passar,
deito num papelão e meus olhos
quase fechados miram
Os carros, os bêbados sem freios,
sob a música de um sabado a noite
Eu pensei que existisse um limite para a dor
Mas tenho descoberto cores desbotadas
A cada noite que não passa
Reflexos do que sou e não.
Uma piedade que não conheci
Um grito que foi silenciado
Mas que uma hora, ecoará.
E quantos de mim cá estão?
Esperando viver, sobrevivendo...
A esses dias e noites sem finais felizes.
Prometidos dia-a-dia, ano-a-ano...
Enquanto nós nos levantamos contra todos.
Sem nada a ganhar ou perder...
Na esperança de dias menos ruins.
sob a música de um sabado a noite
Eu pensei que existisse um limite para a dor
Mas tenho descoberto cores desbotadas
A cada noite que não passa
Reflexos do que sou e não.
Uma piedade que não conheci
Um grito que foi silenciado
Mas que uma hora, ecoará.
E quantos de mim cá estão?
Esperando viver, sobrevivendo...
A esses dias e noites sem finais felizes.
Prometidos dia-a-dia, ano-a-ano...
Enquanto nós nos levantamos contra todos.
Sem nada a ganhar ou perder...
Na esperança de dias menos ruins.
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Deborah Caridade.
3 comentários:
A realidade das ruas é realmente dolorosa, trabalhei muito tempo com crianças orfãs e de rua. E o retrato não é belo.
gostei do seu blog !
No "capetalismo" a mercadoria é você!
Pense nisso Dedeah...
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