15.6.17

Nomes e cores

Amarelo:
Tem sabor de inverno;
Tem cor de verão;
E cheiro de protesto.

O pintor,
Faz o seu trabalho,
Escreve através das cores,
Em paredes, muros e murais.

Sua voz é silencio,
Sua presença é o que ele faz,
Seu olhar é visto,
através da sua obra.

Mesmo, que ela nada diga,
Além do que pareça repetição,
Ela é singular, é sua, 
Ainda que seu nome não esteja.

E mesmo agora,
Quem lê, é mundo,
Mas tem algo que é só seu.

Dedeah C. 

4.8.16


Postei esse video há 7 anos atrás, porque queria ouvir a música no youtube e ela ainda não havia na época. Hoje, dia 03/08/16, o video tem 2 milhões de acessos. Internet realmente não tem fronteiras. Voltei a postar aqui no blog porque senti saudades desse espaço que tem tanta história e tantas emoções nessas paginas. Quando comecei a escrever não pensava em publicar nada. Nunca soube exatamente se o que eu escrevia era algo proveitoso. Então, até hoje não sei! Mas escrevo. Quando surgiram os blogs, foi encantador publicar e ver pessoas de n lugares desse Brasil escrevendo, comentando, outros escritores que acabaram, mesmo que involuntariamente, um circulo de amizades e das artes. Com isso tudo que falei anteriormente, fica a observação. Quantas coisas começamos na brincadeira e a vida dá proporções muito maiores das que imaginamos? Seja nos estudos, no trabalho, na vida...e na internet. As vezes é como se o objeto de dedicação ganhasse vida própria e fosse para o mundo. Amigos visitantes, ousem, tirem seus sonhos do papel, por menor que eles pareçam. Por que eles são aquilo ao qual estão destinados a ser.

Um beijo fraterno!!! Deborah Caridade.

9.7.16



Lento (Ou o semeador)

     Ele fora incrimidado, por um crime que desconhecia. Um crime de morte e de vida fora o que reconhecera em todas as faces que via nas ruas, onde andara. Agora ele estava sentado, com as mãos nos joelhos e sussurrando a oração que a mãe lhe ensinara na infância. Bons tempos sem fim. Bons tempos que não são os de hoje, mas que ainda habitam, dentro dele. Homero respirava forte, o suor escorria em sua face. Ele não sabia como agir. A quem recorrer. Ele não tinha dinheiro suficiente. Ele só tinha o seu peso e os reflexos de papel que eram seus registros e contas. Tinha no dedo o anel de noivado e a sua amada estava grávida de pouco tempo. 
      Homero tinha e não tinha tempo. E ele só tinha um pensamento. Como as coisas poderiam ser mais simples? Como ele conseguiria emergir do mar do fracasso? Seu pai lhe dizia: "Você foi lento". Sua mãe lhe consolava, dizendo que estava no caminho certo e que quando vencesse, aquelas palavras seriam a base da sua vitória. "Você não é lento, meu filho, você só está no seu tempo, e seu tempo não é o tempo do mundo. Cada um tem o seu despertar, o seu caminhar, ninguém anda com seus pés ou olha por seus olhos." Uma lágrima pousou no seu rosto, mas não fora tristeza, fora alívio. Ele estava em seu caminho. Ele estava no lugar certo. No momento certo. Ele não sabia ainda como, mas sabia que tudo estava a seu tempo. E sua certeza estava contida, dentro da sua fé. Então ele levantou do banco de madeira dos fundos do condomínio, e olhou o tempo. 
      O dia não estava nublado, era ele que estava sem foco. O dia estava lindo como todos aqueles que haviam oportunidades de vitórias. Ainda que lentas. E Homero seguiu o seu caminho, em seu tempo. Passo-a-passo, até desaparecer no horizonte. Com o coração inundado de esperanças e novas idéias.

Deborah P. Caridade 08.07.2016

Bem Vindo =)

Aqui estão algumas poesias e textos de minha autoria. Fique à vontade para passear pelo blog, comentar nas postagens e visitar os links de outras páginas especialmente selecionados.

Amo escrever aqui e na correria de sempre, que é muita (como toda criatura urbana), volta e meia ele fica um pouco desatualizado. Mas busco atualizá-lo sempre que possível, não tenho uma frequência exata, mas em respeito a quem acompanha e visita, ao menos uma postagem por mês ou semana você encontra por aqui!

.*Obrigada a quem visita*.*.